Pastor Mário Alberto Ceasar - Presidente da igreja Assembleia de deus em Atalanta sc.
Atos 28:3-6 E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de vides, e pondo-as no fogo,
uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão. E os bárbaros, vendo-lhe
a víbora pendurada na mão, diziam uns aos outros: Certamente este homem é
homicida, visto como, escapando do mar, a justiça não o deixa viver. Mas,
sacudindo ele a víbora no fogo, não sofreu nenhum mal. E eles esperavam que
viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já muito, e
vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um
deus.
Introdução:
Paulo sobrevive ao
naufrágio e chega à ilha de Malta.
Ao ajudar a acender
uma fogueira, é picado por uma víbora.
Os nativos o julgam
rapidamente: “Certamente é um assassino!” Mas ao
verem que nada lhe acontece, mudam de opinião e o chamam de deus.
Em minutos, Paulo
passa do inferno da suspeita ao pedestal da idolatria.
Essa cena revela
quatro verdades que sustentam quem sofre no ministério — e nos lembra que não é
o fogo que nos consome, mas o chamado que nos sustenta.
1️ Identidade firme em Cristo como armadura
Ponto: Paulo não
se defende, não se justifica. Ele sabe quem é. Sua identidade não depende da
leitura dos outros, mas da voz que o chamou.
Aplicação prática: Cultive
uma vida devocional sólida. A Palavra, a oração e a comunhão são escudos contra
os rótulos da multidão.
Consolo bíblico:
(Salmo 23:1,4) “O Senhor é meu pastor; nada me faltará. Ainda que
eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás
comigo.”
(Filipenses 4:13) “Tudo posso naquele que me fortalece.”
2️ Discernimento diante de julgamentos visíveis
Ponto: Os
bárbaros julgaram pelo que viram: uma serpente, uma picada, um silêncio. Mas
não conheciam a história, nem o chamado.
Aplicação prática: Não se
deixe guiar por diagnósticos apressados. Filtre as vozes. Nem todo olhar
entende o propósito.
Consolo bíblico:
(Salmo 46:1) “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem
presente na angústia.”
(Isaías 41:10) “Não temas, porque eu sou contigo; não te
assombres, porque eu sou teu Deus.”
3️ Converter a crise em plataforma de serviço.
Ponto: Paulo não
se vitimiza. Ele cura o pai de Públio e ministra aos enfermos da ilha. A picada
não o paralisou — o chamado o impulsionou.
Aplicação prática: Transforme
suas feridas em pontes. O que te feriu pode curar outros.
Consolo bíblico:
(2
Coríntios 1:3–4) “O Deus de toda consolação… nos consola
em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem
em qualquer tribulação.”
(Mateus
11:28) “Vinde a mim, todos os que estais cansados
e oprimidos, e eu vos aliviarei.”
4️ Não fazer da opinião dos outros a bússola da
vida.
Ponto: A mesma
multidão que condena, exalta. A oscilação dos julgamentos humanos é perigosa.
Aplicação prática: Decida com
base na Palavra, não na plateia. A bússola do ministério é o Espírito, não o
aplauso.
Consolo bíblico:
(1
Pedro 5:7) “Lançai sobre ele toda a vossa ansiedade,
porque ele tem cuidado de vós.”
(Hebreus
13:5) “Não te deixarei, nem te desampararei.”
Conclusão
A história de Paulo
em Malta é um espelho para quem serve:
o mundo julga por
aparência, mas Deus sustenta pelo chamado.
A serpente não
define o fim. O fogo não consome o que foi ungido.
O ministério
verdadeiro resiste ao veneno da crítica e floresce no terreno da dor.
Apelo final
Se você está
ferido, julgado ou cansado no ministério, lembre-se:
Não é o fogo que te
queima, é o chamado que te sustenta.
Reforce sua identidade em Cristo. Cultive discernimento.
Transforme sua dor
em serviço. E não permita que a opinião dos outros seja sua bússola.
Deus conhece sua
história. Ele viu o naufrágio, Ele viu a picada — e é Ele quem te levanta para
curar a ilha.
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