segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Não é o Fogo que Te Queima, É o Chamado que Te Sustenta.

 

Pastor Mário Alberto Ceasar - Presidente da igreja Assembleia de deus em Atalanta sc.

Atos 28:3-6 E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de vides, e pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão. E os bárbaros, vendo-lhe a víbora pendurada na mão, diziam uns aos outros: Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a justiça não o deixa viver. Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não sofreu nenhum mal. E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já muito, e vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus.

 

Introdução:

Paulo sobrevive ao naufrágio e chega à ilha de Malta.

Ao ajudar a acender uma fogueira, é picado por uma víbora.

Os nativos o julgam rapidamente: “Certamente é um assassino!” Mas ao verem que nada lhe acontece, mudam de opinião e o chamam de deus.

Em minutos, Paulo passa do inferno da suspeita ao pedestal da idolatria.

Essa cena revela quatro verdades que sustentam quem sofre no ministério — e nos lembra que não é o fogo que nos consome, mas o chamado que nos sustenta.

 

1️ Identidade firme em Cristo como armadura

Ponto: Paulo não se defende, não se justifica. Ele sabe quem é. Sua identidade não depende da leitura dos outros, mas da voz que o chamou.

Aplicação prática: Cultive uma vida devocional sólida. A Palavra, a oração e a comunhão são escudos contra os rótulos da multidão.

Consolo bíblico:

(Salmo 23:1,4) “O Senhor é meu pastor; nada me faltará. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo.”

(Filipenses 4:13) “Tudo posso naquele que me fortalece.”

 

2️ Discernimento diante de julgamentos visíveis

Ponto: Os bárbaros julgaram pelo que viram: uma serpente, uma picada, um silêncio. Mas não conheciam a história, nem o chamado.

Aplicação prática: Não se deixe guiar por diagnósticos apressados. Filtre as vozes. Nem todo olhar entende o propósito.

Consolo bíblico:

(Salmo 46:1) “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.”

(Isaías 41:10) “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus.”

 

3️ Converter a crise em plataforma de serviço.

Ponto: Paulo não se vitimiza. Ele cura o pai de Públio e ministra aos enfermos da ilha. A picada não o paralisou — o chamado o impulsionou.

Aplicação prática: Transforme suas feridas em pontes. O que te feriu pode curar outros.

Consolo bíblico:

(2 Coríntios 1:3–4) “O Deus de toda consolação… nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em qualquer tribulação.”

(Mateus 11:28) “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.”

 

4️ Não fazer da opinião dos outros a bússola da vida.

Ponto: A mesma multidão que condena, exalta. A oscilação dos julgamentos humanos é perigosa.

Aplicação prática: Decida com base na Palavra, não na plateia. A bússola do ministério é o Espírito, não o aplauso.

Consolo bíblico:

(1 Pedro 5:7) “Lançai sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.”

(Hebreus 13:5) “Não te deixarei, nem te desampararei.”

 

Conclusão

A história de Paulo em Malta é um espelho para quem serve:

o mundo julga por aparência, mas Deus sustenta pelo chamado.

A serpente não define o fim. O fogo não consome o que foi ungido.

O ministério verdadeiro resiste ao veneno da crítica e floresce no terreno da dor.

 

Apelo final

Se você está ferido, julgado ou cansado no ministério, lembre-se:

Não é o fogo que te queima, é o chamado que te sustenta.
Reforce sua identidade em Cristo. Cultive discernimento.

Transforme sua dor em serviço. E não permita que a opinião dos outros seja sua bússola.

Deus conhece sua história. Ele viu o naufrágio, Ele viu a picada — e é Ele quem te levanta para curar a ilha.

 

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