domingo, 31 de agosto de 2025

“Cria em mim um coração puro” – O Deus que ainda cria

Pastor Mário Alberto Ceasar - Presidente da igreja Assembleia de deus em Atalanta sc.

Texto base:

  • Salmos 51:10 – “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro de mim um espírito estável.”
  • Gênesis 1:1, 26-27 – “No princípio, Deus criou os céus e a terra... Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”


1. O clamor de Davi: um pedido por criação, não reforma

  • Davi reconhece que seu pecado não pode ser corrigido com ajustes morais.
  • O problema do homem é tentar corrigir ou ajustar aquilo que não lhe é possível - tudo que precisamos saber que é preciso se humilhar.


  • Ele clama por uma nova criação interior, algo que só Deus pode realizar.


  • O verbo “criar” (bara) é o mesmo usado em Gênesis — indicando uma obra divina e exclusiva.
  • Logo quando realmente houver regeneração algo exclusivo de Deus ou dos céus é criado.


2. A criação original: Deus como o único Criador

  • Deus cria tudo do nada: céus, terra, luz, vida e o ser humano.


  • O homem é feito à imagem de Deus, mas não compartilha o poder criador absoluto.


  • O ser humano pode transformar e aperfeiçoar, mas não pode gerar vida espiritual por si só.


3. A sabedoria humana: dom divino, não poder criativo

  • Toda inteligência e capacidade vêm de Deus (Tiago 1:17) Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. 


  • O homem pode inovar, mas não pode recriar o coração humano.


  • A verdadeira transformação exige intervenção sobrenatural, não apenas esforço racional.


4. O homem caído é incapaz de salvar-se por sua própria sabedoria

  • A queda em Gênesis 3 rompeu a comunhão com Deus.


  • 1 Coríntios 1:21: “O mundo não conheceu Deus por sua própria sabedoria.”


  • Efésios 2:8-9: A salvação é pela graça, não por obras ou mérito humano.


  • João 15:5: “Sem mim nada podeis fazer.” — inclusive regenerar-se.


  • O homem precisa reconhecer sua incapacidade espiritual e depender da obra redentora de Cristo.


5. Aplicação espiritual: precisamos de uma nova criação interior

  • O pecado corrompe o coração — como no caso de Davi.


  • O arrependimento verdadeiro leva ao pedido por um novo coração, não apenas mudança de comportamento.



  • Em Cristo, Deus continua criando:
    2 Coríntios 5:17 – “Se alguém está em Cristo, nova criatura é.”


Conclusão: Clame como Davi, confie como Abraão, viva como nova criatura

  • Davi não confiou em si mesmo, mas no poder criador de Deus.


  • Assim como Deus criou o universo, Ele pode recriar sua alma.


  • Não tente se salvar por sabedoria ou esforço — renda-se à graça.


  • O mesmo Deus que formou o homem do pó pode formar em você um coração puro.

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quinta-feira, 28 de agosto de 2025

O clamor da alma caída e a resposta do Salvador

 

Pastor Mário Alberto Ceasar - Presidente da igreja Assembleia de deus em Atalanta sc.

Lucas 18:35-42 E aconteceu que chegando ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando. E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. E disseram-lhe que Jesus Nazareno passava. Então clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim. E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Então Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe, Dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou.


1. O Cenário: À beira do caminho (v.35)

Um homem cego, mendigo, à margem da sociedade.

Representa a humanidade caída: sem visão espiritual, sem direção, dependente da misericórdia alheia.

A beira do caminho é lugar de passagem — ele vê pobres e ricos passarem, mas continua invisível para todos, exceto para Jesus.

voçe ja esteve ou está a beira do caminho?Jesus disse:eu sou o caminho a verdade e a vida!

 

2. O Clamor: “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” (v.38)

Bartimeu não pede ouro, pão ou posição — ele pede misericórdia, a maior necessidade humana.

Isso revela uma percepção espiritual rara: ele não busca o que o mundo oferece, mas aquilo que só o céu pode conceder.

Em contraste com os que buscam bens materiais, Bartimeu clama por aquilo que é eterno.

Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento (Colossenses 2:3) — e Bartimeu, mesmo cego, enxerga isso com os olhos da fé.

Seu clamor é uma confissão: Jesus é o Messias, o Filho de Davi, e nele está a fonte da verdadeira riqueza.

Mesmo sendo repreendido, ele clama ainda mais alto — porque quem entende o valor da misericórdia não se cala diante da oportunidade de encontrá-la.

3. Jesus Para e Manda Chamá-lo (v.40)

A multidão tenta silenciar Bartimeu, mas Jesus para: O verbo aqui é carregado de significado: o Senhor interrompe sua jornada para atender ao clamor de um marginalizado.

Isso revela algo profundo: a iniciativa da salvação sempre partiu de Deus. Desde o Éden, é o Pai quem busca o homem.

Em meio ao caos social em Israel - Isaías 6, o profeta vê o Senhor exaltado e ouve a pergunta: “A quem enviarei?” — e é Deus quem toma a dianteira, quem chama, quem envia.

Bartimeu clama, sim, mas é Jesus quem para, ouve e chama. O clamor humano é importante, mas é a resposta divina que transforma.

Em Cristo, vemos o Pai agindo na história: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2 Coríntios 5:19).

A salvação não é fruto de mérito ou esforço, mas da iniciativa graciosa do Pai, que vê, escuta e intervém.

Jesus não apenas ouve Bartimeu — ele manda chamá-lo, como quem diz: “Este é o momento da graça, e eu sou o autor dela.”

 

4. A Transformação: “Recupera a vista; a tua fé te salvou” (v.42)

A cura física vem acompanhada da salvação espiritual.

Bartimeu não apenas vê, mas segue Jesus — a verdadeira visão leva ao discipulado.

A fé que clama é a fé que salva.

 

Aplicações

Todos nós, em algum momento, estávamos à beira do caminho, cegos e necessitados.

O clamor sincero move o coração de Deus.

Jesus ainda para e chama — Ele ouve os que o reconhecem como Senhor e Salvador.

A fé que reconhece a misericórdia de Cristo é a chave para a restauração.

 

domingo, 24 de agosto de 2025

O Escudo da Fé e a Defesa Espiritual

 

Pastor Mário Alberto Ceasar - Presidente da igreja Assembleia de deus em Atalanta sc.



1. O Escudo da Fé – Defesa contra os ataques do maligno

 Efésios 6:16  

 “Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.”


- Função do escudo:

 Defesa ativa contra dúvidas, tentações, acusações e medos.

- Flechas inflamadas: 

Pensamentos destrutivos, ataques espirituais, situações que abalam a confiança.

- Fé como resistência: 

Crer mesmo quando não se vê; confiar mesmo quando tudo parece contrário.

 Hebreus 11:1 – “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.


2. A Proteção de Deus – Refúgio seguro

 Salmo 91:1-4  

“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará…”

- Habitar no esconderijo: 

Intimidade com Deus, vida de oração e comunhão.

- Descanso sob a sombra: 

Segurança espiritual, emocional e física.

- Deus como escudo e broquel: 

Proteção completa — frontal e lateral.

 Provérbios 18:10 – “Torre forte é o nome do Senhor; a ela correrá o justo, e estará em alto refúgio.


3. Confusão entre os inimigos – Louvor como estratégia de guerra

 2 Crônicas 20:21-22   Josafá colocou adoradores à frente do exército, e quando começaram a louvar, Deus trouxe confusão entre os inimigos.

2 Crônicas 20:21,22Depois de consultar o povo, Josafá nomeou alguns homens para cantarem ao Senhor e o louvarem pelo esplendor de sua santidade, indo à frente do exército, cantando: "Dêem graças ao Senhor, pois o seu amor dura para sempre". Quando começaram a cantar e a entoar louvores, o Senhor preparou emboscadas contra os homens de Amom, de Moabe e dos montes de Seir que estavam invadindo Judá, e eles foram derrotados. 

- Adoração como arma:

 Louvor antecede a vitória.

- Confusão divina: 

Deus desestabiliza os planos do inimigo.

- Josafá confiou e adorou: 

Fé prática, mesmo diante da ameaça.

 Salmo 149:6-9 – “Estejam na sua boca os altos louvores de Deus, e espada de dois gumes nas suas mãos…”


4. A Segurança da Salvação em Cristo – O capacete que protege a mente

 Efésios 6:17  

- Capacete protege a mente: 

Contra dúvidas, confusão e engano.

- Salvação como certeza:

 Não é instável nem emocional — é uma obra consumada em Cristo.

- Identidade segura: 

O crente sabe quem é, para onde vai e quem o guarda.

 João 10:28-29 – “Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão.”  

 Romanos 8:38-39 – “Nada poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”  

Filipenses 1:6 – “Aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus.”


 Conclusão:

- O escudo da fé apaga os ataques do inimigo.

- A proteção de Deus é real e acessível para quem habita nEle.

- O louvor gera confusão no campo adversário e abre caminho para a vitória.

- A salvação em Cristo é segura, eterna e protege nossa mente contra todo engano.